A Fatec Jahu participa este ano de um projeto que envolve pesquisa escolar, iniciação à ciência e….tomates espaciais! A iniciativa integra a proposta Tomatosfera, que em Jahu envolve estudantes de escolas públicas locais, a Fatec e a STEM Early High School, do condado de Henderson, no estado da Carolina do Norte (EUA).
A ideia nasceu após contatos mediados pelo prof. Buga, da Fatec Jahu, com a iniciativa nos EUA. Lá, o projeto Tomatosphere reúne estudantes das primeiras séries do equivalente ao Ensino Médio para estudar e comparar o crescimento de tomates no espaço. O programa acontece em conjunto entre a Agência Espacial Canadense (CSA), a NASA (a agência espacial norte-americana), a Universidade de Guelph, as sementes Strokes e a fabricante de catchup Heinz.
Após os primeiros contatos no Brasil, o projeto, que tem como um dos organizadores o professor brasileiro Milton Lima, acabou sendo estendido a cinco escolas Jaú. Da Fatec, os professores Célio Favoni e Aparecida Maria Zem Lopes articularam, junto com a Diretoria de Ensino (DE) da região de Jaú, a entrega de sementes de tomates cultivadas no espaço a professores e professoras da rede estadual, que as estão utilizando como um experimento de ciências.
“Cada escola recebeu sementes de tomates comuns e outras forma expostas à condições espaciais, submetidas à radiação e à falta de gravidade. O objetivo é comparar o florescimento e o crescimento dos frutos, entendendo os impactos no material cultivado fora da Terra”, explica Favoni.
O projeto
Apesar de já ser um programa estabelecido na América do Norte e Europa, é a primeira vez que o Tomatosfera é estendido para estudantes no Brasil e na América Latina. Além de envolver o estudo dos impactos de viagens espaciais a longo prazo, o programa também possui como uma de suas premissas o estímulo à investigação científica.
O experimento é razoavelmente simples: cada sala de aula recebe dois pacotes de sementes de tomate, sendo que um deles contém as sementes enviadas ao espaço e o outro, sementes comuns cultivadas na Terra. Os estudantes plantam ambos os grupos e comparam as taxas de germinação e crescimento sem saber quais são as sementes de cada tipo, tendo que enviar os resultados ao grupo que conduz o experimento. A ideia é ajudar cientistas a compreender algumas das questões relacionadas às viagens espaciais – principalmente quanto aos quesitos para a manutenção da vida.